Alemanha recupera tesouro nazista avaliado em R$ 3 bilhões

BERLIM - Um lote de obras de arte confiscadas dos judeus pelos nazistas sob o rótulo de "arte degenerada" foi encontrado num apartamento em Munique. 

O lote de 1.500 obras inclui quadros de Picasso, Henry Matisse, Marc Chagall e Rembrandt e foi avaliado em um bilhão de euros, o equivalente a R$ 3 bilhões.

As autoridades suspeitam que Hildebrand Gurlitt, dono do apartamento onde estavam as obras, seria o encarregado pelos nazistas de coordenar a apreensão das obras e teria desviado parte das relíquias para o seu benefício pessoal.

O governo alemão está ajudando os promotores da Baviera a investigar a origem das obras.

Capa da revista Focus que trouxe a reportagem sobre tesouro nazista recuperado pelo governo alemão e avaliado em cerca de R$ 3 bilhões

Reportagem. A revista Focus noticiou a apreensão das obras, mas o Ministério Público da Baviera se recusou a confirmar ou negar as informações.

A revista afirmou que as obras de arte foram descobertas no apartamento de Munique de Cornelius Gurlitt, cujo pai, Hildebrand Gurlitt, era um negociante de arte nos anos 1930 e 40.

Cornelius tornou-se objeto de uma investigação sobre possível sonegação de impostos em 2011. Quando foi realizada uma pesquisa em seu apartamento, no meio de comida podre e latas velhas, foram encontradas centenas de impressões, gravuras e pinturas.

No lote de objetos de arte havia também quadros e gravuras de Emil Nolde, Franz Marc, Max Beckmann, Paul Klee, Oskar Kokoschka, Ernst Ludwig Kirchner, Max Liebermann e Albrecht Durer.

Arte degenerada. Todas as obras teriam sido saqueadas pelos nazistas das coleções de judeus, ou tinham sido confiscados de coleções particulares, museus e galerias, como exemplos de arte "degenerada".

Reportagem da CBS News cita que Hildebrand Gurlitt, após a guerra, declarou a investigadores que sua coleção tinha sido destruída no bombardeio de Dresden, na antiga Alemanha Oriental.

As obras de arte recuperadas foram transferidas para um armazém perto de Munique. Especialistas estão tentando determinar suas origens e valores.

Questionado sobre a reportagem da Focus, o porta-voz do governo alemão Steffen Seibert disse que as autoridades em Berlim estão cientes do caso e estudam que medidas devem ser tomadas em relação ao destino das obras.

 
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