Quem foi Jesus? Será que você tem coragem de saber? Ou tem medo de saber?


Por Davi Ben Avrahan.

Muitos acham que o cristianismo foi a religião de Jesus, ledo engano! Em primeiro lugar porque ele foi circuncidado, consequentemente totalmente identificado com o seu povo Judeu e o judaísmo.



 O cristianismo traz em si a história de ter-se originado de uma transformação da religião de Jesus (judaísmo), em uma religião sobre Jesus (cristianismo). E ainda apresenta a história de ter experimentado a helenização, a paganização, a secularização, a institucionalização, a deterioração intelectual, a decadência espiritual, a hibernação moral, a ameaça de extinção, a fragmentação. E esse mesmo cristianismo está agora presente no mundo civilizado de povos do mundo ocidental e tem à frente uma luta pela existência que é ainda menos prometedora do que aquelas incidentes que caracterizaram as suas histórias passadas para conseguir o predomínio. Os chamados “pais da Igreja” e “reformadores” da cristandade comprometeram deliberadamente os ideais do Jesus históricoem um esforço para promover as suas idéias, como disse: Arold Bloon "Se Jesus tivesse sobrevivido a crucificação ficaria impressionado com que fizeram em nome dele..." (Livro Javé e Jesus),
  O cristianismo surge na verdade com Inácio de Antioquia, pois é o primeiro líder dos cristãos (apelido dado pelos gentios para todos os seguidores do Jesus histórico),que além de não ser de origem judaica foi o que lançou as primeira ideias antijudaicas neste movimento que nasceu dentro do judaísmo.. A história relata, quando a consolidação no concílio de Nicéia criado por o Imperador romano Constantino, que praticamente jogou o então formado cristianismo nos braços do paganismo, mas esta religião não surgiu da noite para o dia o seu fundamento é lançado como já falamos por Inácio de Antioquia, pois é o primeiro a dar o nome a este novo sistema, vejamos as suas falas:
Inácio deu O nome desta nova religião: “Vamos portanto aprender a viver conforme as regras do CRISTIANISMO, pois quem quer que seja chamado por qualquer outro nome além, desse, não é de Deus...” (Carta de Inácio aos Mag. 3:8,11).
Inácio substitui o shabat pelo domingo: “Não mais observem o shabat, mas o dia do Senhor...”(Carta de Inácio aos Mag. 3:3).
Inácio declara que a Torá foi abolida: “...pois se continuarmos a viver conforme a Lei judaica, estamos confessando que não recebemos a graça...(Carta de Inácio aos Mag. 3:1)

A cristianização do Jesus histórico,

   Para muitos judeus sem cultura, o jesus histórico, nem existiu, ou talvez se existiu  foi um traidor da religião judaica. Mas os textos do Novo testamento são claros, ele não aboliu, a lei, não quebrou regras alimentares como alguns querem acreditar, não profanou o shabat, apenas seguia uma escola mas flexivel a de Hilel. A um desconhecimento geral entre os cristão de quem foi o verdadeiro jesus e entre a grande maioria dos judeus. Mas 
é importante enfrentar os fatos, não podemov viver fugindo de um personagem que instigou o mundo não judaico.            É preciso ter olhos clínicos, cientificos, e deixar-mos de lado todo preconceito e então enxergaremos o jesus histórico por tras das lendas cristãs. Não há erro nisto, precisamo recuperar o judaico e não abandonar. Pois todo o relato sobre este judeu aconteceu dentro do contexto judaico. Não se pode simplesmente ignorar, ou como muitos anussim , praticar um anti-cristianismo., pois a maioria dos grupos anussim só se reunem para falar mal de Jesus. Quase nem estudam à Tora, parece que m fantasma os perseguem, vivem com uma idéia fixa e todo aquele que tenta abordar a questão é tido como falso e traidor. Na verdade o fanatismo tem tomado conta dos grupo anoussitas. Será que O Rabino Michel Schlessinger é cristão por ter tido a coragem de abordar o assunto abertamente? Claro que  não é um estudioso uma pessoa culta, que não é fanática. Portanto espero que este estudo sirva para clarear, iluminar o caminho dos amargurados e dos supersticiosos.
  Na verdade este judeu, chamado Yeshua(ou Jesus histórico) sofreu uma cristianização que aconteceu lentamente tornando-se o grande Deus cristão, mas quero lembrar que ele nasceu, viveu e morreu como judeu, em nenhum momento fez apologia a outro tipo de crença ou práticas religiosas, sua preocupação era com a prática da Torá, como um ativista judeu insistiu na sinceridade de coração no cumprimento da Lei judaica discutiu principios de sua religião, que é a religião judaica ou judaísmo. Mesmo que séculos depois muitos foram perseguidos, mortos em seu nome, mas ele não pode ser culpado pelo que não fez nem ensinou e nem inspirou a ninguém a fazer.
  Verdade seja dita! Qualquer um que se prestar a ler o Jesus histórico fora do seu judaísmo presta-se ao antissimistismo.


Muitos foram os estudiosos judeus que pesquisaram este personagem tão instigante, cito aqui, David Flusser, catedrático da Universidade de Jerusalém, Martin Buber, grande filósofo judeu, Aroldo Bloon o maior romancista vivo na atualidade e de origem judaica, como tantos outros...
  É importante estudar para entender. Já vi uma judia em Jerusalém declarar quando lhe perguntaram quem era Yehua, ela então disse: “É o traidor do povo judeu”. É impressionante como esta personalidade é mal compreendida, não porque ele seja difícil de se entender, mas suas palavras é que foram distorcidas, aumentadas e até modificadas para se prestar a outros interesses religiosos de teólogos judeus e teólogos cristãos devido a séculos de ódio nutrido entre essas duas religiões, e é claro que ambas as partes tiraram proveito da ignorância que circula ao redor deste homem que se tornou um mito para muitos, traidor para outros e Deus para os cristãos .
  Portanto a conclusão é que em 98 d.C. Em Antioquia foi lançada a pedra fundamental do cristianismo e aberta a temporada de heresias no “movimento do nazareno”. O historiador Hegésipo chega a declarar: “Até aquele período(98 d.C.), a assembléia havia permanecido uma virgem pura....então a confederação do erro da iniquidade tomou ascensão, através da infidelidade dos falsos mestres...” História Eclesiástica – Euzébio de Cezaréia – editora CPAD., ou seja, houve um desvio de suas palavras levando a maioria dos seus seguidores a ter como referências não mais o judaísmo monoteísta, mas a religião romana politeísta tornando-se então heréticos.
  Este novo sistema religioso chamado cristianismo procurou conciliar o culto pagão romano com elementos do culto judaico com a finalidade de atrair seguidores, formando assim o maior sincretismo religioso do mundo antigo consolidado como cristianismo.
  Em nenhum texto do Novo Testamento Yeshua autoriza esta nova religião como sua.
O movimento do Jesus histórico nasceu como um seguimento judaico todas os debates que mantinha era entre pares .Não existia a intenção da formação de uma nova religião ou de destruir a religião judaica e sim trazer uma renovação.Os temas abordados por ele eram relacionado ao mundo judaico e sobre a observância da Torá.
Este grupo chamado de cristãos pelo não judeus, nazarenos pelos judeus e por eles próprios chamados “os do caminho". Na verdade nada mais era do que uma seita judaica do início da era comum, assim como tantas outras a exemplo: os fariseus, saduceus e zelotes,

  É um grande tabu do mundo judaico ao ponto de muitos evitarem falar sobre este judeu e até negarem que ele existiu, com receio de serem mal vistos pelos demais, mas a minha finalidade aqui é esclarecer, não me importo com o que dizem sobre mim, mas defenderei sempre as idéias que possam iluminar o mundo e torná-lo melhor!   Hoje a grande inimizade entre essas duas religiões judaísmo e cristianismo é devido a falta de diálogo e conhecimento mútuo. Não quero propor aqui um sincretismo ou mistura de religiões, mas um repensar dos dois mundos. Um repensar sereno de quem realmente foi este judeu.
  Vejam o que o mais novo rabino da CIP tem a dizer sobre o assunto.

O Rabino Michel Schlessinger

fala o seguinte sobre a polêmica se yeshua(jesus) é o messias ou não:

(...) "Amós Oz conta que sua avó, fez uma sábia observação “Já houve”, observou a sábia avó do romancista israelense, tanta raiva, tanta perseguição, tanto derramamento de sangue, ódio a respeito disso...Por que? Se o Messias vier e disser, oi é muito bom revê-los? Os judeus vão ter que reconhecer o seu engano, se de outro modo, o Messias chegar dizendo? Muito prazer, é um prazer conhecê-los? Todo mundo cristão terá de pedir desculpas aos judeus, entre o dia de hoje e esse momento, apenas viva e deixe viver(página 38 e 39)".

(...)"Que possamos nos inspirar por histórias fascinantes de amor ao próximo como aquela da avó de Amóz Oz, que, segundo a avaliação do próprio escritor, “Era definitivamente imune ao fanatismo. Conhecia o segredo de conviver com situações em aberto, com conflitos não resolvidos, com a diferença do outro".



Rabino Michel Schlesinger

Rabino da Congregação Israelita Paulista

Date: Sun, 14 Mar 2010 04:25:43 -0700


Matéria extraída do Jornal Estadão de São Paulo do dia 12/05/2009).

 
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